Dinheiro no asfalto
e pedaços de flor
Esses dias vi uma formiga carregando uma pétala de rosa. Olhando para o chão, na rua, também vi uma nota de dinheiro. Pensei que pudesse ser uma daquelas de mentira, com uma propaganda impressa em um dos lados. Mas me abaixei e era uma cédula de verdade. Eram apenas dois reais, mas também eram mais que dois reais: admiti aquele achado como um presságio de boas novas. Gosto de encontrar joaninhas, esperanças e sementes de dente-de-leão flutuando no ar, como símbolos da sorte que certamente virá.
Acredito na possibilidade de materialização do que é mentalizado, não necessariamente de maneira literal, mas de forma sutil. Você pode não ficar rico com a força do pensamento, mas atrair coisas boas ao manter uma atitude positiva sobre o mundo — embora isso nem sempre seja uma tarefa fácil. É preciso ter fé, paciência e confiança no fluxo da vida. Tudo passa, desde os dias que não conseguimos conter os sorrisos ao lembrar da pessoa amada (embora esses pudessem ser infinitos) aos que estamos meio borocoxôs (ufa!).
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
… como diria Carlos Drummond de Andrade.
